Ronald dos Santos, o jovem de 22 anos baleado nas costas durante uma troca de tiros na comunidade do Boa Vista, em Niterói, na última quinta-feira (11), segue respirando por aparelhos. Ele está sedado no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, segundo informações passadas pela família. Ronald, no entanto, apresenta uma melhora em seu quadro, segundo os médicos da unidade informaram para a tia dele Aldaci da Conceição dos Santos, de 49 anos.
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"Um dia depois do ocorrido, eu tive lá no hospital e consegui ver ele na parte da tarde. A médica disse que desde a manhã até a hora em que entramos para a visita, ele havia apresentado uma melhora. De ontem para hoje, começaram a tiraram o medicamento dele para ver como ele iria reagir e ele está reagindo bem, graças a Deus", disse ela que atua como gari.
A tia da vítima contou que a bala que o atingiu perfurou o estômago, o instestino e acertou a coluna dele. "Mas, os médicos ainda não mexeram nessa parte óssea, eles estão vendo como ele vai reagir. Até o momento, ele respira por aparelhos e está sedado", afirmou ela.
Segundo a mãe dele, Juliana dos Santos, de 40 anos, ele ainda é um paciente grave, porém estável. Aos poucos, o sangue velho que ficou preso está saindo e ele segue com pressão estável, saturação boa e os lugares que o projétil percorreu estão suturados. As medicações serão retiradas por completo em até 24 horas e novos exames serão feitos após a medicação ser retirada.
Ronald passou por cirurgia e teve uma lesão na coluna. Ele também precisou drenar o pulmão por causa da hemorragia, além do intestino perfurado.
Ronald está atualmente desempregado, mas procurava emprego. Ele trabalhou em um posto de gasolina antes do ocorrido. Ronald tem o sonho de ser jogador de basquete.
A direção do Hospital Estadual Azevedo Lima se limitou a dizer que o estado do paciente é grave.
O caso
Ronald dos Santos tentou salvar duas crianças durante os tiros em que ele ficou ferido nas costas na tarde desta quinta-feira (11), na comunidade Boa Vista, em São Lourenço, Zona Norte de Niterói.
Juliana estava em casa no momento dos disparos. "O irmão dele desceu junto para jogar bola com os amigos da igreja. Na hora dos tiros, o irmão dele correu para casa do colega, já Ronald foi para baixo para salvar as crianças e levar para dentro do bar. Nisso, foram ouvidos três tiros, um pegou nas costas dele. Tinha crianças na rua jogando bola. Isso aconteceu em um horário que crianças estavam saindo da creche. Mesmo baleado, ele disse para o policial que por mais que ele atirou ele perdoava ele", disse a mãe.
Ramon da Silva Santos, de 22 anos, irmão gêmeo de Ronald, contou que foi impedido pelos policiais de prestar o socorro. Ele e outras pessoas, incluindo o dono do bar, tiveram que implorar para levar o jovem para o hospital.
"O policial não deixou a gente salvar, depois que conseguimos colocamos ele no carro e vimos que ele estava muito fraco. Pedi por várias vezes para ele não dormir. Ele apertou a minha mão e pediu para orar por ele", contou.
Em nota, a Polícia Militar limitou-se a dizer que abriu um procedimento apuratório para esclarecer os fatos.
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